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Tendências em Tecnologia Educacional e EAD

O ensino é cada vez mais híbrido, como nos fala o Prof. Moran, misturando momentos presenciais e virtuais. O aluno não aprende mais apenas dentro da escola com a tradicional aula expositiva do professor, empacotada, que segue roteiros seguros e previamente determinados. Aliás, muitas vezes, aprende mais fora da instituição de ensino do que dentro dela por enxergar um significado maior no seu aprendizado, uma aplicabilidade para a vida. Aprende jogando, participando de desafios, empreendendo, criando projetos de vida e sociais. O professor, claro que ainda ocupa um papel importante na aprendizagem do aluno, só que diferente do que exercia até então. O professor deixa de ser o detentor do conteúdo, o transmissor do conhecimento para se tornar um mediador, um orientador que estimula o aluno a aprender de todas as formas possíveis, para a vida toda, em todos os momentos. O professor também se torna um aprendiz porque reconhece que não sabe tudo, que em muitos momentos irá aprender junto com aluno, experimentar junto, errar junto. O professor ajuda o aluno a pesquisar, selecionar as informações mais relevantes, sintetizar, relacionar, refletir, relativizar, comunicar o que aprendeu, aprender com os seus erros, aprender que a vida e o conhecimento não são feitos de certezas absolutas, mas de incertezas, escolhas, dúvidas, acertos, desafios, projetos. E que o mais interessante nisso tudo é a constante busca de cada um de nós pelas nossas respostas para nossas questões e inquietações. 

Entre as tendências para a educação em todo mundo, o relatório NMC Horizon Project - um  empreendimento de pesquisa global - identifica e discute 6 tecnologias emergentes em educação, com aplicação em horizontes de curto, médio e longo prazo: computação na nuvem, aprendizagem móvel, análise da aprendizagem (Big data), conteúdo aberto (Creative Commons), impressão 3D e laboratórios virtuais e remotos (simulações). Estas tecnologias emergentes permitem que os alunos escolham e acessem os conteúdos em qualquer tempo ou espaço, inclusive fora da escola ou dos espaços de educação formal, através dos seus dispositivos móveis conectados a internet. O conteúdo está na rede, aberto para a exploração pelos alunos e para a criação de novos conteúdos por parte deles, inclusive nas redes sociais. Os alunos não apenas consomem os conteúdos, como antes, mas criam seus próprios artefatos, trocam com os colegas, compartilham suas vivências e descobertas, experimentam simulações de situações de aprendizagem através dos laboratórios virtuais, podendo errar, voltar atrás e refazer os experimentos quantas vezes desejarem, sem nenhum dano pessoal ou material. O professor tem a sua disposição plataformas que colhem os dados dos alunos, que apresentam relatórios sobre o percurso de cada aluno no processo de ensino e aprendizagem, podendo analisá-los, identificando os diferentes estilos de aprendizagem para propor caminhos e roteiros mais personalizados que respeitem as individualidades de cada aprendente. Roteiros que apresentem desafios que o aluno possa superar gradativamente, elevando a sua autoestima, promovendo um ambiente de acolhimento e de aprendizagem.

Prof. Moran e Prof. Mattar- Tendências em tecnologia educacional e EAD

Trabalho Final

O trabalho final proposto pelo Prof. Moran foi composto de duas atividades: 

  • pesquisar e relatar dois projetos inovadores em educação, justificando o por que considerávamos estes inovadores, onde enxergávamos a inovação,

  • pensar num projeto inovador próprio, algo como "Meu projeto inovador".

Os projetos pesquisados no meu trabalho foram a Khan Academy e a Fundação Lemann, a parceria entre as duas para a tradução e regionalização das vídeo aulas da Khan e o desenvolvimento de um programa de formação de professores numa escola pública de Santo André - SP.

Já o "Meu projeto inovador" tinha como foco trabalhar com computação na nuvem e conteúdo aberto utilizando algumas ferramentas gratuitas do Google, como Drive e o Docs, oferecendo formação para professores da rede pública.

Estudando os materiais dessa disciplina aprendi não só sobre as novas tecnologias e metodologias que podem ser consideradas como inovadoras na educação. Aprendi, acima de tudo, a olhar mais criticamente para a minha prática profissional e até mesmo a desconstruir certos paradigmas que tinha.

A disciplina me ajudou a entender melhor o tipo de profissional que gostaria de ser e escolher as convicções que teria para minha vida.

O modo como o Prof. Moran conduziu a discussão me deu uma injeção de ânimo para acreditar que, apesar de todos os prolemas que o nosso sistema educacional público enfrenta, é possível inovar. Vimos que algumas escolas já caminham nessa direção e, por isso, trabalhar com formação docente valerá sempre muito a pena para mim.

REFERÊNCIAS

Anhembi Morumbi. Tendências em Tecnologia Educacional e Educação a Distância. Entrevista Prof. José Manuel Moran pelo Prof. João Mattar. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=jANkoIv_ofU>. Acesso em: 28 nov. 2016.

MORAN, José Manuel. A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. 5ª Ed. Campinas: Papirus, 2012.

MORAN, José Manuel. Novas formas de aprender em um mundo não conectado. Universidade de São Paulo. Texto não publicado.

New Media Consortium, Consortium for School Networking, International Society for Technology in Education. NMC Horizon Report: Edição K-12 2013. Tradução: Ez2translate. Austin, Texas: The New Media Consortium. 2013

e- Portfólio
Mariana Estima
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