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Fundamentos da Tecnologia Educacional e EAD

 E por fim, ler sobre metodologias ativas - como a sala de aula invertida - demonstra como a educação presencial tem procurado se reinventar, lançando mão de recursos virtuais, repensando a questão do tempo e do espaço, considerando os estilos de aprendizagem dos alunos e a era da virtualidade na qual nos encontramos. A educação caminha para o ensino híbrido, misturado, onde não há mais espaços exclusivos do presencial e do virtual, pois essas dimensões se misturam e se complementam e os alunos podem ter um aprendizado significativo em ambas, desde que metodologias como as ativas sejam utilizadas.

A abordagem sobre os Fundamentos em Tecnologia Educacional e EAD foi dividida em 4 tópicos:

  • Histórico mundial da educação à distância: experiências da Open University (Reino Unido), da FernUniversität (Alemanha), do Instituto Universal Brasileiro e da Fundação Roberto Marinho -Telecursos 2º Grau.

  • Legislação e regulação da EAD no Brasil e Marco Regulatório de 2015.

  • Tipos de cognição e neurocognição.

  • Tendências: tipos de metodologias ativas, Flipped Classroom (sala de aula invertida).

Estudar os modelos mundiais de EAD na prática - Open University, FernUniversität, Instituto Universal Brasileiro e Telecurso - trouxe uma ideia de como a EAD se desenvolveu considerando, os diferentes formatos de curso, público-alvo, objetivos, tipos de materiais e tutoria e, tecnologias utilizadas.

Ao pesquisar a legislação brasileira a impressão que tive é de como é uma luta esse processo de regulamentação de um ensino que já existe na prática, adotado por várias instituições educacionais e sujeitos, mas que os órgãos governamentais responsáveis por sua legitimação  ainda não sabem muito bem como proceder para regulamentar a EAD, quais tipos e modalidades de curso ou instituições de ensino deve leligalizar.

Ter contato com conceitos e estudos sobre cognição e neurocognição, entender um pouco sobre a complexidade dos processos cerebrais e socioculturais inerentes ao ato de conhecer, de aprender, sobre como o nosso cérebro funciona, o que são as sinapses, entender o papel da memória, da percepção, significação, abstração, informação, conhecimento, interação, contribui para auxiliar no design dos cursos, na escolha das plataformas, na criação dos materiais em cursos a distância e nas metodologias que devem ser adotadas. Foi possível refletir sobre como a interface em cursos EAD modifica esses processos cognitivos, e dá ênfase à abstração.

Profa Susane Garrido  e Prof. João Mattar

Profa Susane Garrido

De acordo com as leituras que realizamos e com as experiências que cada um possui em atividades a distância, quais seriam as funções cognitivas a serem desenvolvidas entre alunos e professores, a partir da interação, para não cairmos apenas nas reações de estímulo e resposta? Ou vc considera de relevância, atuarmos apenas com estímulo e resposta?

Fórum

Olá, Profa. Susane e Colegas!

Pensando não somente nas leituras, mas na minha experiência no curso, as funções cognitivas que acionamos ou desenvolvemos num curso a distância são de fato, outras de um curso presencial, principalmente por causa da questão da interface, que possibilita outra relação com o tempo e espaço tradicionalmente conhecidos nos cursos presencias (simultâneos).

Num curso presencial, o professor fala, o aluno presta atenção, anota, às vezes tem alguma discussão, depois, fora da aula revê suas anotações, usa a memória para lembrar do que foi exposto na aula, e muitas vezes até decora o que não entendeu, o que não conseguiu significar. O aluno responde alguns exercícios ou faz uma avaliação com foco no conteúdo, estimulando processos cognitivos como memória e repetição, como forma de demonstrar para o professor o que aprendeu sobre o assunto. Isso falando de modo geral, claro.

Num curso como este que estamos fazendo, o tempo todo temos contato com diferentes tipos de artefatos de aprendizagem: textos, vídeos, fóruns, webconferências, livros, sites de busca, além do próprio AVA, da interface entre aluno e professor, aluno e artefatos (materiais). Tudo isso num tempo e espaço não simultâneos, não estamos todos juntos ao mesmo tempo e no mesmo lugar aprendendo os assuntos. Não temos contato físico, não conseguimos ver as reações uns dos outros, o gestual, ou ouvir o tom da voz quando estamos discutindo algum assunto da disciplina. Mas sabemos (sentimos) que somos um grupo, que estamos aprendendo algo juntos através da interação e de outras funções cognitivas como a abstração, a imaginação, a reflexão, a percepção e a elaboração. Para mim essas são as principais funções cognitivas desenvolvidas num curso a distância. Quer dizer eu tenho que abstrair que isso tudo aqui é como se fosse uma sala de aula, onde eu tenho uma professora que pode me ajudar a aprender, colegas com quem posso aprender e compartilhar, um objeto de estudo, materiais e algum tipo de avaliação, mas falando cognitivamente, meu cérebro tem que fazer um monte de processos neurocognitivos para dar conta de todo esse processo descrito aí porque existe uma interface que separa, que media todo esse processo.

Trabalho Final

Para o trabalho final escolhi desenvolver a resenha sobre os tipos diferentes de cognição e neurocognição na educação a distância. Achei bem difícil tentar esquematizar essas ideias por escrito, mas foi um bom exercício.

REFERÊNCIAS:

GARRIDO, Susane Martins Lopes.  Planejamento. Curitiba: IESDE Brasil S.A. 2008. 188 p. (Arquivo em PDF).

GARRIDO, Susane Martins Lopes. Qual é o sentido da Tecnologia? Revista Computer world. Outubro de 2011. Disponível em: <http://computerworld.com.br/estaticas/cwdigital/cw541.pdf>

MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 1991. A utilização da "sala de aula invertida" em cursos

Minuto EaDucativa. Cérebro Cheio ou Cérebro Vazio? Profa. Susane Garrido. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=8aSj4xQ0 fo>. Acesso em: 30 nov. 2016.

TREVELIN, Ana Teresa C., PEREIRA, Marco Antonio A. e NETO, José Dutra de O. A utilização da "sala de aula invertida" em cursos superiores de tecnologia: comparação entre o modelo tradicional e o modelo invertido "Flipped Classroom" adaptado aos estilos de aprendizagem. Revista de Estilos de Aprendizagem, nº12, Vol. 11. Outubro de 2013. Disponível em: <http://www.uned.es/revistaestilosdeaprendizaje/numero_12/articulos/articulo_8.pdf>.  

Universidade Anhembi Morumbi. Neurociências em EAD. Entrevista Profa. Susane Garrido pelo Prof. João Mattar. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=C6vetYCoW3w&t=267s>. Acesso em: 30 nov. 2016.

A minha visão sobre EAD foi ampliada ao estudar o histórico de diferentes iniciativas que usaram mídias como fita de vídeo cassete e até mesmo textos impressos. Entendi que existem vários tipos de EAD e que o mais importante é que considere as necessidades do público alvo atendido, facilitando o seu acesso aos materiais. Foi muito interessante também estudar sobre cognição, pois só tinha uma noção desse conceito no vernáculo, não tinha ideia das várias ramificações das quais o tema abrangia, principalmente quando se considera a interface dos cursos a distância.

E por fim, essa disciplina foi o mais próximo que cheguei sobre o debate em  neurociências. Foi uma grande surpresa entender um pouco sobre como o nosso cérebro funciona, como a gente aprende na vida e numa época de virtualização crescente.

e- Portfólio
Mariana Estima
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