e-Portfólio
No portfólio, a história é bem diferente, pois o aluno assume o controle da sua avaliação, sempre com a supervisão do professor claro, que oferece mais do que uma supervisão, mas uma conversa, uma abertura para o diálogo, uma parceria. No portfólio reflexivo, o aluno faz escolhas, revisões, coloca em prática a sua narrativa pessoal sobre o que produziu durante sua trajetória, e principalmente, reflete sobre ela, fazendo considerações sobre o que de fato foi relevante, quais objetivos conseguiu alcançar e sobre quais ainda precisa trabalhar mais para ter um aprendizado significativo para a vida. A questão não é apenas aprender o conteúdo, mas refletir sobre o seu aprendizado, sobre os rumos que tomou, ou não tomou para aprender, sobre seus erros e acertos, fracassos e vitórias.
Produção
REFERÊNCIAS:
COTTA, Rosângela Minardi Mitre; COSTA, Glauce Dias da; MENDONCA, Érica Toledo. Portfólio reflexivo: uma proposta de ensino e aprendizagem orientada por competências. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 18, n. 6, jun. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232013000600035&lng=pt&nrm=iso>.
FONSECA, André Azevedo da. Portfólio digital: o blog no recurso pedagógico no ensino superior. Semina: Ciências Sociais e Humanas, v. 33, n. 1, 2012. Disponível em: <http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/view/14413>.
ROSA, Jaqueline Silva da et al. Portfólio no processo de avaliação da aprendizagem no ensino superior: Uma análise cartográfica das convergências com a educação biocêntrica. La Revista Electrónica de Investigación y Docencia (REID), n. 10, 2013. Disponível em: <http://revistaselectronicas.ujaen.es/index.php/reid/article/view/998>.
TINOCO, Eliane de Fátima Vieira. Portfólios: mais um modismo na Educação. Revista Eletrônica de Educação, São Carlos, SP: UFSCar, v. 6, no. 2, p. 457-467, 2012. Disponível em: <http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/246/212>.
VIEIRA, Maria de Lourdes; SORDI, Mara Regina Lemes de. Possibilidades e limites do uso do portfólio no trabalho pedagógico no ensino superior. E-curriculum, v. 8, n. 1, 2012. Disponível em: <http://revistas.pucsp.br/index.php/curriculum/article/view/9044>.
Aqui estudamos o conceito de portfólio reflexivo, formatos, plataformas para apresentação e sua aplicação nos diferentes níveis de ensino da educação, do infantil ao ensino superior. A educação tem se apropriado desta metodologia de avaliação da produção de um sujeito, oriunda da arquitetura e das artes, mas fazendo uma releitura sobre o processo de avaliação e com isso, do próprio processo de ensino e aprendizagem. Ainda existem muitos equívocos sobre o seu uso no campo educacional, principalmente quando professores e equipes pedagógicas não investigam a fundo o sentido e os objetivos de se utilizar tal prática de avaliação, descontextualizando o seu uso e, avaliando esse produto ou processo diferenciado, do mesmo modo como numa avaliação tradicional. Quer dizer, usar o portfólio reflexivo como avaliação formativa e crítica, implica em mudar práticas educacionais convencionais em todo o processo de ensino.
O conceito de portfólio subverte a lógica convencional da avaliação onde o aluno, na realidade, não se prepara para ser crítico, reflexivo ou exercer sua autoria, mas sim para reproduzir as informações que teve contato durante sua vida escolar com o único objeto de ser classificado, de passar de ano, de obter uma nota. Neste tipo de avaliação convencional o que tem valor é o "certo" ou "errado", não há questionamentos ou a relativização de outros pontos de vista, de outras formas de conhecer. Não há reflexão alguma, há sim um forte caráter classificatório ou eliminatório, exclusão ou inclusão, onde o mais importante é o resultado final do conhecimento do aluno, mensurado por avaliações que não consideram a complexidade da aprendizagem, mas sim o produto final, o resultado, da nota.
O professor também tem um instrumento para avaliar o aprendizado dos alunos e o seu próprio fazer pedagógico, investigando se atingiu os objetivos inicialmente planejados para a formação do aluno, refletindo sobre sua própria prática de ensinar e enxergando a "evolução" dos alunos, como eles eram no início do processo e como chegaram ao final dele. O mais importante nisso tudo é a formação de cidadãos críticos, autônomos, conscientes e responsáveis sobre a sua aprendizagem, que agora não cabe mais somente ao professor, mas a cada um de nós, alunos.
Acredito que não tem sentido falar em trabalho final nessa disciplina, pois o termo não contempla a realidade do que vivemos e produzimos nela. O que fizemos aqui, além de ler o material sobre o tema e participar dos fóruns, foi viajar para dentro de cada um de nós, com um olhar e uma escuta atenta e sensíveis para nossa trajetória, para o nosso caminhar durante o curso e, por fim, comunicar essa viagem na forma desse e de tantos outros portfólios produzidos pelos colegas. O produto final na disciplina foi esse portfólio, que não é nem o final, é o começo de uma nova forma de encarar o ato de aprender, com suas alegrias, angústias, vitórias e sentimentos de frustração, insucesso, dúvidas e certezas. Mas que no final, sempre vale a pena, seja do jeito que for.
Fora a criação do portfólio em si, em um dos fóruns da disciplina, criamos um comentário sobre um dos artigos sobre o Portfólio, disponível na bibliografia do curso. Escolhi o texto sobre o uso do Portfólio na formação dos professores: